Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

ZOROASTRO PAMPLONA

 

( Rio de Janeiro (?)– RJ – Brasil )

 

Existe uma na Rua Zoroastro Pamplona, Freguesia- Jacarepaguá, Rio de Janeiro. –

 

 

HADAD, Jamil Almansur, org.   História poética do Brasil. Seleção e introdução de  Jamil Almansur Hadad.  Linóleos de Livrio Abramo, Manuel Martins e Claudio         Abramo.  São Paulo: Editorial Letras Brasileiras Ltda, 1943.  443 p. ilus. p&b  “História do Brasil narrada pelos poetas. 

HISTORIA DO BRASIL – POEMAS

GUERRA DO PARAGUAI

 

 

[ SEM TÍTULO ]

 

Já nesse tempo o marinheiro ousado,
Que o passo ao rio guarda cauteloso,
De Lopes o poder naval, armado
Viu sobre ele cair impetuoso
A foz do Riachuelo celebrado
De glória a pátria coroou Barroso;
Ao duro golpe a frota desbarata,
De súbita invasão salvando o Prata.

Aqui se obraram feitos tão subidos
Que apenas o buril contara à história;
Os vapores desciam incendidos
Hasteando a Bandeira da Vitória;
E feroz multidão entre alaridos
Conta por certa antecipada glória.
As nossas naves soldadesca horrenda
Invade, ateia e férvida contenda.

Ali se viu Greenhalgh, o bravo jovem,
Arcar sozinho em gigantesca luta:
No tombadilho os inimigos chovem,
E qual o pavilhão tomar disputa.
No feroz batalhar o moço envolvem
De sabre e facas em cadeia hirsuta.
Foi longa a briga — já da face em sangue
A morte o beija, cai, lá jaz exangue.

Nem foste só nessas ações estranhas
À verde idade ao século presente:
Lima Barros num eito de façanhas
Erguera o nome à glória resplendente.
Tu, soldado Marcílio, o louro apanhas
Do prélio desigual rompendo a enchente,
E Pedro Afonso o forte capitão
Peito a peito detém um pelotão.

Andava assim travada em meio às águas
A briga horrenda, cega e já sem norte;
Os navios dos bordos rubras fráguas,
Medonhas vomitando e a rodo a morte.
Da pátria o gênio pranteiava em mágoas
Dos filhos da nação a triste sorte.
Onde a vitória? Do país os bravos
Do rio ao fundo baixarão ignavos.

Bate o momento. Súbito se avança
A nau do chefe em meio da batalha,
Aos vasos do inimigo a proa lança,
Deitando os flancos rábida metralha.
Ao rijo choque o que primeiro alcança
Do negro rio envolve na mortalha
Qual agora se fende, qual naufraga,
Qual arde em chamas sobre a rubra vaga.

O gênio de Mavote ali baixando
N´alma inspirou-te estratagema ignoto.
Os brados da vitória estão voando
Dos peitos jubilosos no alvoroto,
A ti se exalce, vulto venerando,
Da pátria salva agradecido voto.
Que desta luta na briosa história
Fique indelével do Barroso a glória.

 

       (Brasiliada – G. Lourenço e Filhos  —
Rio de Janeiro – 1885).

 

*

VEJA E LEIA outros poetas do RIO DE JANEIRO em nosso Portal:
     

 

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_de_janeiro/rio_de_janeiro.html

 

 

Página publicada em outubro de 2021


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar